Dívida da União com precatórios
mais que dobrou desde 2015,
aponta estudo

Publicado em Precatórios
em 20 de novembro de 2020
Dívida da União com precatórios mais que dobrou desde 2015, aponta estudo

Confira como está a situação dos pagamentos para os credores

Estudo da ONG Contas Abertas, a pedido do Correios, apontou recentemente que a dívida do Governo Federal com precatórios mais que dobrou em questão de seis anos. Em 2015, a parte do orçamento reservado para o pagamento das dívidas era de R$ 24,1 bilhões. No orçamento de 2020, esse valor chegou a R$ 53,4 bilhões.

E que continua aumentando: para 2021, a União prevê um gasto de R$ 55,5 bilhões com precatórios federais. Se observarmos considerando apenas um ano de espera, a variação dos valores devidos pelos Entes Públicos já impressiona: R$ 2,1 bilhões a mais.

Vale destacar que essa variação se refere apenas à dívida com precatórios da União. O cálculo é o seguinte: se o valor continuar aumentando nesse ritmo de duplicação a cada cinco anos, chegaremos a R$ 75 bilhões de saldo devedor de precatórios em 2026.

É claro que uma certa quantidade de precatórios federais será paga durante esse período, mas não dá para afirmar com certeza a quantidade de novos processos que surgirão e se alguma nova eventualidade do tamanho da pandemia de 2020 acontecerá e forçará ações inconstitucionais ou mudanças da Constituição Federal através de ECs.

No atual cenário econômico brasileiro – e até mesmo mundial – ter uma dívida crescendo R$ 2,1 bilhões, ou um número próximo disso a cada ano, é preocupante. Isso que a taxa IPCA-E que é usada atualmente para calcular a correção monetária na hora do pagamento do precatório nem está tão alta como há alguns anos. A taxa tem variado entre 1,99% a 2,5% nos últimos meses, bem abaixo do número médio de 2015 que se aproximava dos 10%.

Crescimento da dívida preocupa

A preocupação, assim como a dívida com precatórios, cresce consideravelmente. Independente da taxa IPCA-E estar alta ou baixa, a dívida já é gigantesca e acaba empurrando os valores para cima continuamente.

O Governo Federal ainda cogitou limitar o pagamento de precatórios – limite de 2% das Receitas Correntes Líquidas da União – para bancar a reformulação do Bolsa Família, o que geraria um aumento da dívida de precatórios federais.

Para entendermos o tamanho do rombo: se essa proposta já estivesse em vigor nos últimos cinco anos, a União teria acumulado R$ 116 bilhões em valores de precatórios, segundo um levantamento da assessoria técnica do PSB na Câmara dos Deputados. Corrigido pela inflação, o montante alcançaria R$ 133 bilhões não pagos.

De acordo com o estudo feito pelo PSB, o Governo Federal pagou de fato R$ 41 bilhões em precatórios em 2019. Se esse limite já existisse, só R$ 18 bilhões em precatórios seriam quitados e R$ 23 bilhões ficariam à espera de pagamento em anos posteriores. Em outras palavras, R$ 23 bilhões teriam sido postergados em uma espécie de pedalada fiscal para remanejar valores já reservados para pagamento da dívida.

Em resumo, com esse limite de 2% em 2020, seriam pagos R$ 15,8 bilhões e R$ 28,2 bilhões entrariam na fila de credores. O limite de 2% da RCL faria com que, em todos os anos desde 2015, mais da metade das dívidas fosse empurrada para anos seguintes.

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