Golpista usou RG falso de uma cliente, elaborou procuração e sacou R$ 4 milhões no Recife (PE). Relembre outros casos
Já falamos aqui dos golpes contra credores de precatórios que viraram notícia ao longo de 2020. Um dos casos que mais chamaram a atenção foi a de um advogado do Recife (PE) que sacou R$ 4 milhões em precatórios de uma cliente e foi preso em uma operação da Polícia Federal no início de novembro.
O modus operandi do advogado já é bastante conhecido por quem acompanha golpes envolvendo precatórios. Ele falsificou o documento de identidade de uma cliente e fez uma procuração em seu nome no cartório.
No dia 1º de setembro, dirigiu-se até a agência da Caixa Econômica Federal localizada no TRF-5 (Tribunal Regional Federal), em Recife, onde sacou o montante.
Foi a própria agência bancária, acostumada com esse tipo de golpe, que denunciou o caso à Polícia Federal. A investigação passou, então, a acompanhar as movimentações financeiras do advogado e teve a certeza do golpe quando a verdadeira dona do dinheiro procurou o banco para obter os valores.
Como se proteger?
Quando da prisão do advogado, o chefe de comunicação da Polícia Federal em Recife, Giovani Santoro, fez um alerta para a necessidade de tomar cuidado com os profissionais contratados para tocar ações envolvendo precatórios.
Segundo Giovani, é preciso se informar para acompanhar o andamento no próprio site da Justiça Federal sobre essas causas, sem depender dos advogados para isso.
“Lá tem o passo a passo. Se o dinheiro foi liberado, como está o processo, se já foi depositado na conta. Então, é sempre bom acompanhar o processo no site da Justiça Federal”, afirmou durante entrevista coletiva na ocasião.
Desconfie de qualquer cobrança
Se você tem dívidas a receber da União, governo estadual ou de alguma prefeitura, o único valor que deverá gastar é dos honorários do advogado que vai cuidar da causa.
Essa quantia é variável de acordo com cada profissional, mas geralmente é composta por um pagamento no início do processo e uma porcentagem quando a indenização for paga.
Outra abordagem comum é a tentativa de fisgar vítimas, passando-se por funcionários de empresas que fazem a compra de precatórios. Nestes casos, eles cobram valores que variam de acordo com o total devido pelo ente público como um “depósito inicial” para dar entrada no processo.
Não informe nada por telefone ou e-mail
Em outros casos, eles se passam por auditores, juízes e desembargadores de tribunais federais ou estaduais, pedindo dados do credor. Vale lembrar que nenhum funcionário do governo ou do Judiciário pode fazer ligações telefônicas ou enviar e-mails, solicitando informações do credor sobre seus precatórios.
O ente público realiza o contato apenas por meio do advogado ou via oficial de Justiça. O contato acontece para informar sobre o alvará de pagamento e isso será feito pessoalmente, não por telefone, e-mail ou WhatsApp.
O caso do Recife é uma exceção porque já havia um vínculo entre o golpista e a vítima, o que dificultou a identificação da fraude pela credora. O advogado é justamente a figura que intermedia todos os trâmites nas ações de precatórios.
O golpista ficou preso, mas acabou solto cinco dias depois porque a Justiça negou pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Federal. Seus bens foram penhorados a fim de reaver ao menos parte dos valores subtraídos.
Quer ficar por dentro das principais novidades sobre precatórios? Acesse sempre o Blog da Precatórios Brasil.
Consulte aqui seus precatórios ou mande um e-mail para contato@precatoriosbrasil.com para saber se você tem algo a receber. Também é possível ligar para o telefone (11) 4003-9058 para falar com a Precatórios Brasil. Não se esqueça de compartilhar este post com os seus amigos e familiares. Até a próxima!