Veja estas dicas práticas para você não cair em nenhum golpe
É comum ouvir casos de aposentados, pensionistas e credores mais idosos, vítimas de golpes de compra de precatórios, mas esses casos não são exclusividade de beneficiários mais velhos.
Golpistas se passando por empresas que compram precatórios, escritórios de advocacia e até mesmo sindicatos, entram em contato por diversos meios – redes sociais, telefone pessoal, e-mail – com pessoas que têm direito a receber esses valores.
Os argumentos são variados: afirmam que fazem a revisão do benefício gratuitamente, que conseguem adiantar o recebimento por meio de ações coletivas, oferecem promoções pela internet, tudo isso para convencer o beneficiário de que ele vai conseguir receber seu precatório rapidamente.
Mas como fazer para identificar um comprador fake? Como se adiantar e perceber problemas com ofertas estranhas de compra do precatório? Veja em nosso novo artigo algumas ideias para identificar esse tipo de golpista.
Sinal de alerta sempre ligado
É preciso estar sempre atento, independente se você não estiver ativamente buscando ofertas de compra de precatórios. Golpistas entram em contato com nomes das listas de precatórios que são liberadas publicamente nos portais dos Tribunais Regionais Federais.
Portanto, eles usam de engenharia social básica – cruzam o nome do credor com informações disponíveis nas redes sociais e outras fontes da internet – para adquirir suas informações pessoais e estruturarem o golpe.
Por isso, é preciso ligar o sinal de alerta e deixá-lo sempre assim. Desconfie de qualquer oferta que ofereça vantagens demais e nunca acredite em propostas que exijam um depósito prévio de algum valor, mesmo que o valor seja baixo. Casos de depósito prévio costumam ser golpes ou, no mínimo, uma negociação que te trará algum tipo de dor de cabeça.
Empresa de precatórios
Se o golpista entra em contato afirmando que trabalha em uma empresa de negociação de precatórios e viu no site do Tribunal que você tem um precatório a receber, pergunte primeiramente, como ele conseguiu seu telefone.
Se ele gaguejar, provavelmente é fake. Se ele tiver uma resposta pronta como “busquei o telefone nas suas redes sociais”, desconfie, mas pergunte mais sobre a empresa, quanto tempo ela está no mercado, se ela possui um site ativo, de que cidade ela é, qual o nome do consultor ou consultora que está te atendendo.
Quanto mais informações você conseguir, mais fácil será sua busca na web e nas redes sociais pela empresa para verificar se ela é idônea e se o consultor é real e não está tentando te enganar.
Mesmo assim, é possível falsificar uma empresa com perfis falsos. Portanto, verifique também se o CNPJ da empresa está ativo e regularizado, e se o dono da empresa esteve ou está envolvido com algum tipo de atividade ilícita.
E-mails falsos
É muito comum os golpistas usarem Phishing – quando enviam e-mails com links maliciosos – para fisgar (daí o nome da técnica) usuários por meio de seus endereços eletrônicos.
O link encaminha o credor para uma página na web com cupons, promoções especiais oferecendo valores maiores do que os do precatório, entre outras argumentações. Depois disso, pedem para o beneficiário preencher um formulário com dados pessoais e até mesmo criar uma senha de acesso – que geralmente acaba sendo uma senha muito parecida com a que o credor usa para o seu e-mail ou conta do Internet Banking, por exemplo.
Para evitar golpes desse tipo, verifique se o endereço do e-mail possui um @ profissional. (exemplo: contato@precatoriosbrasil.com.br). Verifique também se o site que você abriu no link possui um cadeado à esquerda dele, com todas as informações de segurança regularizadas. Links maliciosos geralmente não possuem esse cadeado na URL do navegador.